Suzimari de Almeida Pinto - Pedagogia Carazinho

Para começar a minha justificativa tenho de esclarecer alguns pontos importantes. Quando iniciei o curso de Pedagogia não sabia e ainda não sei ao certo qual área seguir. Como havia dito na postagem justificando porque escolhi o curso de Pedagogia, existem várias áreas que me interessam, uma delas é a educação especial. Ainda não tive oportunidade de poder estar em um ambiente de sala de aula com as crianças, mas como estou fazendo meu estágio do curso técnico de enfermagem tentei juntá-lo de alguma forma ao curso de Pedagogia, então escolhi passar em uma das etapas de estágio pelo CTI Pediátrico do Hospital São Vicente de Paulo, onde realizo meu estágio. Agora estou terminando a etapa com as crianças no hospital, mas me apeguei de uma forma tão intensa com aqueles pequenos que terei dificuldades para trocar de setor. Por se tratar de uma UTI, os pacientes que ali estão, em sua maioria têm diagnóstico grave, mas ainda assim há aqueles que mesmo possuindo alguma deficiência nos compreendem. Fiquei maravilhada logo após algumas semanas, quando percebi que algumas das crianças estavam me reconhecendo, e quando me aproximava, eles mesmo com dificuldade, sorriam para mim. Existem alguns pacientes (crianças) que tem uma compreensão mesmo que pequena, e neste ambiente senti falta de um trabalho especializado com as crianças no sentido em que elas não recebem mais que tratamento e atenção da equipe de saúde, mas em meu ponto de vista elas deveriam ter um momento para brincar, desenhar, pintar, ou simplesmente que alguém lhe desse uma atenção não voltada somente para sua saúde física mas mental. Estar com essas crianças despertou em mim um desejo de trabalhar com crianças especiais, ainda não sei explicar ao certo o porquê, mas acho que essas crianças não têm recebido a atenção necessária para desenvolver suas potencialidades, "jogadas" todas em uma classe especial onde todos são tratados de maneira coletiva e não individual, o que é errado já que cada um é diferente e tem alguma limitação diferente do outro. Não é porque uma criança possui uma deficiência, que esta não tenha capacidade para desenvolver-se, na verdade ela só precisa de alguém que lhe dê atenção e os ajude a aprender a se desenvolver. "Um atendimento especializado, antes da inclusão numa escola regular, pode ajudar a criança a desenvolver a consciência de si mesma, preparando-a para utilizar-se de modelos, posteriormente." (MELLO, Ana Maria S. Ros de. 2003, pág. 22) "A inclusão pode trazer benefícios incontestáveis para o desenvolvimento da pessoa com deficiências, desde que seja oferecido na escola regular, necessariamente, uma Educação Especial que, em um sentido mais amplo, "significa educar, sustentar, acompanhar, deixar marcas, orientar, conduzir" (Páez, S. M. C. 2001, p. 33)

Suzimari de Almeida Pinto  -  Email: suzi.mari.09@bol.com.br