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Educação Especial

Integração ou Inclusão

A questão da integração e inclusão é muito discutida em nosso meio escolar, existem muitas dúvidas entre integrar e incluir, essa questão da integração ou inclusão também é discutida e analisada por autores nacionais e internacionais, pois as expressões integrados e incluídos são muitas vezes utilizados como se os mesmos possuíssem o mesmo significado, mas para que haja um trabalho diferenciado realmente faz-se necessário distinguir e compreender esses dois conceitos.
Nas décadas de 1960 e 1970 começaram a ser criados programas voltados para a integração escolar da pessoa portadora de deficiência e basicamente os programas iniciaram-se nos EUA, onde foram criados programas alternativos, onde eram denominados de mainstreaning, que para o Brasil foi traduzido como integração.
Por se concretizar dentro de uma vasta gama de recursos educacionais especiais, esse processo de integração – mainstreaning- foi denominado de sistema em cascata, conforme proposto por Deno, que visa:

[...] tornar disponível qualquer tipo de situação, diferente do fluxo principal, que seja necessária para controlar as variáveis de aprendizagem consideradas criticas para o caso individual;

[...] facilitar a adaptação do atendimento às necessidades individuais,favorecer a movimentação do aluno de um recurso para outro, de acordo com as mudanças acorridas em suas condições; é suficiente flexível e adaptável para tornar possível a redução da matricula em educação especial, conservando, contudo a oportunidade para aqueles alunos que necessitem de recursos de educação especial. (MAZZOTAapud DENO, 1987, p. 45-46)

Segundo MEC retrata e entende a integração como:
[...] processo gradual e dinâmico que pode tomar distintas formas de acordo com as necessidades e habilidades dos alunos. A integração educativa escolar, refere-se ao processo de educar-ensinar, no mesmo grupo, a criança com e sem necessidades educativas especiais, durante uma parte ou totalidade do tempo na escola[...](MEC, 1994, p.18-21)
Assim o ensino integrado refere-se às crianças com deficiência em aprender, onde a criança é vista como sendo portadora do problema e necessitando ser adaptada aos demais estudantes, seja na classe comum, na comunidade, ou seja, na sociedade.Mas com o decorrer esse atendimento passou a ocorrer de forma paralela em instituições especializadas ou em classes especiais, então nas décadas de 1980 e 1990, aparecem ao nosso meio o movimento da inclusão , com a divulgação da Declaração da Salamanca, sob o patrocínio da UNESCO, cujo destacam que:

[...] o termo necessidades educacionais especiais refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem. As escolas têm de encontrar maneiras de educar com êxito todas as crianças, inclusive as que têm deficiências graves. (BRASIL, 1994, p.17-18).

Nesse conceito existe uma mudança de foco, que deixa de ser a deficiência e passa a focar o aluno e o êxito do processo ensino aprendizagem, para o qual o ambiente deve ser adaptado às necessidades especificas do educando, tanto no contexto escolar e familiar como no comunitário.

Na escola inclusiva não há mais a diferenciação entre ensino especial e ensino regular, o ensino é o mesmo, sendo um para todos, respeitando as particularidades, as diferenças, e é comparado como a metáfora do caleidoscópio, onde o caleidoscópio é constituído por vários e pequenos pedaços coloridos, para a formação de inúmeras figuras são necessários todos os pedaços. Assim também as crianças se desenvolvem, aprendem e evoluem melhor em um ambiente rico e variado. Como afirma Godoy, "hoje à inclusão é de todos sem discriminação e sem rótulo" (2002, p.83).
E Godoy ainda destaca:

[...] a questão da inclusão escolar da pessoa portadora de deficiência é, no mínimo, uma questão de bom senso. (GODOY, 2002, p. 84)

Já o professor Dr. Mazzota, um dos pioneiros dessa luta pela inclusão e participação de portadores de deficiência, deixa bem claro quando diz que:

[...] procuremos refletir e discutir, sobre "alunos e escolas com necessidades especiais" no século XXI, pelo caminho da problematização e não por aquele já sabido ou rigidamente traçado pela experiência passada, embora incorporando-a em nossa análise.(MAZZOTA, 2001, p. 31)

A educação inclusiva pressupõe que todas as crianças tenham a mesma oportunidade de acesso, de permanência e de aproveitamento na escola, independente de qualquer característica peculiar que apresentem ou não. Para que isso ocorra, é fundamental que as crianças com deficiência tenham o apoio de que precisam. Mas, o mais importante de tudo, é que o professor, a família e toda a comunidade escolar estejam convencidos de que: cada aluno é diferente no que se refere ao estilo e ao ritmo da aprendizagem. Os alunos com deficiência não são problemas, esses alunos são pessoas que apresentam desafios a serem superados.

A tendência é que cada vez mais seja observada a importância do Movimento de Inclusão Social, visto que ele visa muito além dos portadores de deficiência: ele visa um novo modelo de sociedade.
Pedagogia PARFOR/ II
Vanessa Fachi
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