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Fragmentos do livro "VYGOSTSKY: APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO, UM PROCESSO SÓCIO-HISTÓRICO" de Marta Kohl de Oliveira. O cérebro é um sistema aberto de grande plasticidade cuja estrutura e modos de funcionamento são moldados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual. O homem transforma-se de biológico em sócio-histórico num processo em que a cultura é parte essencial da constituição da natureza humana. A relação do homem com o mundo é uma relação mediada por instrumentos e por signos. Temos conteúdos mentais que tomem o lugar dos objetos, das situações e dos eventos do mundo real. Os elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo são fornecidos pelas relações entre homens os homens. A interação com membros mais maduros da cultura que já dispõe de uma linguagem estruturada é que vai provocar o salto qualitativo para o pensamento verbal. Como os significados são construídos ao longo da história dos grupos humanos, com base nas relações dos homens com o mundo físico e social em que vivem, eles estão em constante transformação. É o aprendizado que possibilita o despertar de processos internos de desenvolvimento que não fosse o contato do individuo com certo ambiente cultural não ocorreriam. O professor tem o papel explícito de interferir na zona de desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não ocorreriam espontaneamente. Uma criança também pode funcionar como mediadora entre uma criança e outra. A troca de informações e estratégias entre as crianças pode tornar a tarefa um projeto coletivo extremamente produtivo. OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento : um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1999. 111 p. : (Pensamento e ação no magistério ;21) ISBN 8526219367 Excertos da obra "APLICAÇÕES DA TERORIA DE PIAGET AO ENSINO DA MATEMÁTICA, de Luiz Alberto S. Brasil A atividade é condição não só emocional, como intelectual de aprendizagem. As ações reais podem ser concretas ou imaginadas. O que se deve é provocar ações e não usar apenas resultados estáticos de ações que o aluno não praticou. Não se ensina com figuras mas com atividades. Não se ensinam abstrações, ensina-se como se chega a abstrair. O método de ensinar não deve ser automatização mas a exploração das possibilidades. Deve-se ensinar a pensar e não supor que o aluno já sabe pensar. BRASIL, Luiz Alberto. Aplicações da teoria de Piaget ao ensino da matemática. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1977. 212 p. OBJETIVO GERAL Identificar se há espaço para a interação entre professor e aluno e dos alunos entre si no processo de construção do conhecimento. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Observar quais os processos usados pelos alunos para explicar algo para os seus colegas. Verificar qual espaço é dado ao aspecto lúdico na construção do conhecimento em sala de aula. METODOLOGIA Pesquisa de campo através de observações em sala de aula, percebendo comportamentos do professor com os alunos e dos alunos entre si, através de anotações e entrevistas. |
Leomar Antonio da Silva - Email: boxleo@hotmail.com |