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Flavia Fialho Hoffmann- Educação de surdos

Educação de surdos

Fazendo uma espécie de digressão sobre a de surdos no Brasil, apresentam-se duas faz que podem ser claramente delineadas e uma terceira fase, a atual, que configura um processo de transição.
A primeira fase constitui-se pela educação oralista (Couto, 1988), que apresenta resquícios de sua ideologia até os dias de hoje. Basicamente, a proposta oralista fundamenta-se na "recuperação" da pessoa surda, chamada de "deficiente auditivo". O oralismo enfatiza a língua oral em termos terapêuticos. Lenzi (1995) menciona os estudos linguísticos sobre linguagem.
Levanta-se a seguinte questão: é possível o surdo adquirir de forma natural a língua falada, como acontece com a criança que ouve? Os profissionais que trabalham com os surdos não duvidam de que o processo de aquisição da língua falada pelo surdo jamais ocorre da mesma forma que acontece com a criança que ouve, porque esse processo exige um trabalho sistemático e formal. O próprio Chomsky (1995, p. 434), um linguista que supõe o inatismo, menciona as línguas de sinais como possível expressão da capacidade natural para a linguagem. O oralismo, contudo, é uma proposta educacional que contraria tais suposições: não permite que a língua de sinais seja usada nem na sala de aula nem no ambiente familiar, mesmo sendo esse formado por pessoas surdas usuárias da língua de sinais.
Tomando como base o ensino desenvolvido em muitas cidades brasileiras, o oralismo sempre foi e continua sendo uma experiência que apresenta resultados nada atraentes para o desenvolvimento da linguagem e da comunidade dos surdos.
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